Composta em 1871 pelo consagrado italiano Giuseppe Verdi, AIDA foi escrita a pedido do vice-rei egípcio Ismail Pashá, para comemorar a inauguração do Canal de Suez.
Personagens
Aida, (escrava etíope, Na Etiópia era princesa, apaixonada por Radamés)
Radamés, (general egípcio, apesar de ser prometido a Amnéris está apaixonado por Aida)
Amnéris, (filha do faraó, rival de Aida pelo coração de Radamés)
Amonasro, (rei da Etiópia, pai de Aida)
Faraó Ramfis, (sumo sacerdote)
ATO I
A ópera conta a história de Radamés, um jovem capitão da guarda do faraó que é escolhido pela deusa Ísis para comandar o exército egípcio na guerra contra os etíopes, cujo rei ameaçava invadir Tebas. O jovem soldado é apaixonado por Aida, escrava de Amneris, filha do faraó, a qual, por sua vez, ama Radamés. Embora ninguém na corte o saiba, Aida também é uma princesa, pois é a filha aprisionada de Amonasro rei da Etiópia. Ao perceber o amor correspondido de Radamés por Aida, Amneris se enche de ciúmes. Quando o guerreiro é designado para comandar as tropas egípcias, o coração de Aida se divide entre o amor que sente por ele e o amor por sua pátria.
Num templo de Mênfis acontece uma grande cerimônia em honra de Radamés, na qual as sacerdotisas invocam o deus Ptah ao som de harpas. O guerreiro recebe a espada sagrada que levará o terror e a morte aos inimigos.
ATO II
Quando se sabe da vitória dos egípcios sobre os etíopes, Amneris procura confirmar suas suspeitas de que Aida ama Radamés. Diz-lhe, falsamente, que ele havia morrido em combate. O desepero da escrava confirma seu amor secreto. Admitindo que mentira e que Radamés está vivo, Amneris revela o seu próprio amor pelo herói e trata a jovem escrava com crueldade e humilhação.
Quando as tropas vencedoras retornam, o povo se reúne numa vasta avenida de Tebas e irrompe num vigoroso coro em louvor da deusa Ísis, do Egito e do faraó. Radamés chega sob um docel transportado por doze oficiais e o faraó desce do trono e abraça o herói, saudando-o como o salvador do Egito. Radamés ajoelha perante Amneris, que lhe coloca na testa a coroa da vitória. O rei se propõe a satisfazer qualquer desejo de Radamés, mas ele pede, antes de tudo, que tragam os cativos. Os prisioneiros etíopes são trazidos perante o faraó e entre eles encontra-se Amonasro, pai de Aida, vestido de oficial. Aida o reconhece e o abraça e ele a adverte para que não revele sua condição de rei etíope. Apresenta-se ao faraó como pai da jovem e um dos oficiais que lutou a favor do seu rei que, diz ele, está morto. Os prisioneiros pedem misericórdia, mas os sacerdotes clamam para que sejam mortos. Radamés intercede em favor dos prisioneiros e pede ao faraó, como sua recompensa pessoal, que lhes conceda a vida e a liberdade. Ramphis, o Sumo Sacerdote, protesta sem sucesso e, então, sugere que pelo menos o pai de Aida seja mantido como refém. O faraó concorda e dá a Radamés a mão de sua filha em casamento e, com isso, a perspectiva de reinar como seu sucessor. Em meio à alegria geral, apenas as vozes de Radamés e Aida lamentam a decisão real, enquanto que Amonasro tem sua mente voltada para a vingança e a libertação do seu povo.
ATO III
Amneris deve passar a noite anterior ao dia de seu casamento orando no templo de Ísis. Chega ao local de barco acompanhada pelo Sumo Sacerdote e por algumas mulheres e guardas. De dentro do templo vem um coro suave de sacerdotes e sacerdotisas cantando louvores à deusa. Rezarei, diz Amneris, para que Radamés me dê todo o seu coração, assim como o meu lhe será fiel para sempre. Depois que a princesa e seu séquito entram no templo, Aida chega para um encontro que havia combinado com Radamés. Ela está determinada a jogar-se no Nilo se ele vier apenas para despedir-se dela para sempre. Seu pai, que aguardava uma oportunidade para falar a sós com ela, aparece e lhe diz que os etíopes estão se armando para uma nova guerra; o êxito é certo se ela conseguir descobrir o caminho que o exército egípcio tomará. Amonasro lhe promete o retorno ao seu país e ao seu trono com o amado a seu lado. Radamés comandará os egípcios novamente; o capitão ama Aida — que a filha tire daí, por si própria, as suas conclusões. A princípio a jovem rejeita a sugestão do pai. Entretanto, apelando para o patriotismo da jovem, o rei etíope a convence. Nesse momento, percebendo a aproximação de Radamés, Amonasro se esconde entre as palmeiras. O egípcio entra com um grito de arrebatamento ao rever a amada. Aida, um pouco friamente, pondera que embora ele a ame, como pode ter esperanças de escapar à rede tecida à sua volta pelo amor de Amneris, pela vontade do faraó, pela confiança do povo e pela cólera dos sacerdotes contra os etíopes? Radamés expõe-lhe o plano que concebeu. Os etíopes levantaram-se outra vez e invadiram o Egito; ele é, de novo, o comandante dos exércitos; quando retornar vitorioso, prostar-se-á perante o faraó, abrir-lhe-á o coração e lhe dirá que a única recompensa que deseja é a permissão de se reunir a Aida. A moça o adverte da fúria de Amneris que, certamente, clamará por vingança contra ela, contra seu pai e sua pátria. Quando o guerreiro afirma que a defenderá de tais perigos, Aida assegura que será em vão e lhe expõe o seu plano: fugirem juntos. A moça pinta em cores brilhantes as delícias da vida na Etiópia e Radamés, inicialmente hesitante, finalmente se deixa convencer e propõe que fujam através da garganta de Napata, a rota que será usada pelo exército egípcio e que estará deserta até o dia seguinte. Amonasro, tendo ouvido tudo, sai de seu esconderijo e revela a Radamés que é o pai de Aida e o rei dos etíopes e que seus soldados estarão esperando os egípcios na rota indicada. Horrorizado, Radamés percebe que, indadvertidamente, traiu seu país. Aida e Amonasro tentam convencê-lo a fugir, mas nesse momento Amneris, com o grito de "Traidor!", sai do templo, seguida por Ramphis, pelos sacerdotes e pelos guardas. Amonasro puxa do punhal e quer lançar-se sobre Amneris, mas Radamés o segura. Enquanto Aida e Amonasro fogem, o egípcio se deixa aprisionar.
ATO IV
Antes do julgamento de Radamés os sentimentos de Amneris oscilam entre o amor e o ciúme que sente por ele. Manda aos guardas que lhe tragam o prisioneiro e se oferece para pedir o perdão do faraó se ele renunciar ao amor de Aida. Radamés recusa a oferta pois o segredo fatal lhe escapou dos lábios por descuido e, portanto, não se sente culpado e não tentará se desculpar perante os juízes. Por outro lado, não sente mais vontade de viver, porque perdeu tudo quanto lhe fazia doce a vida e a morte lhe será benvinda, visto que morre por Aida. Desesperada, Amneris vê seu amado partir para ser julgado no salão subterrâneo do tribunal. Ela ouve, então, as acusações lidas em voz alta: revelou ao inimigo os segredos da pátria; abandonou o campo na véspera da batalha; quebrou seu juramento, foi falso à sua terra, ao seu faraó e à sua honra. Exortado a se defender, Radamés permanece mudo e é condenado. Sofrerá a morte de todos os traidores: será enterrado vivo debaixo do altar do deus do qual ele escarneceu. Amneris exclama que estão punindo um inocente e amaldiçoa os impiedosos sacerdotes que se consideram ministros das divindades e que nunca encontram sangue bastante para se saciarem. Finalmente, louca de dor, pede aos deuses que a vinguem.
Na última cena da ópera, num arranjo idealizado pelo próprio Verdi, o palco é dividido horizontalmente. A parte superior mostra o interior do templo de Vulcano — o deus Ptah dos egípcios —, banhado por uma luz dourada e resplandecente, enquanto que a parte inferior é a cripta onde Radamés aguarda a morte — espaço amplo, sombrio, cujas colunas são estátuas colossais de Osíris de mãos cruzadas. Quando o pano sobe, no templo, dois sacerdotes colocam em posição a última pedra que fecha o subterrâneo. Radamés, na cripta escura, ouve um gemido. É Aida que havia se escondido sem ser vista no subterrâneo para morrer ao lado dele. Ambos cantam um calmo e radiante adeus a este "vale de lágrimas". No templo os sacerdotes celebram solene ritual e invocam ao deus Ptah. Radamés, sem sucesso, faz um esforço desesperado para mover a pedra que fecha a abóbada. Os amantes se põem a esperar o inevitável fim. Amneris, de luto, entra no templo e lança-se sobre a pedra que fecha a cripta, soluça um adeus a Radamés e uma oração à deusa Ísis pela sua alma. Finalmente, Aida cai moribunda nos braços do amado, Amneris continua seu apelo à deusa, os sacerdotes novamente invocam ao deus Ptah e o pano desce lentamente.
Radamés, (general egípcio, apesar de ser prometido a Amnéris está apaixonado por Aida)
Amnéris, (filha do faraó, rival de Aida pelo coração de Radamés)
Amonasro, (rei da Etiópia, pai de Aida)
Faraó Ramfis, (sumo sacerdote)
ATO I
A ópera conta a história de Radamés, um jovem capitão da guarda do faraó que é escolhido pela deusa Ísis para comandar o exército egípcio na guerra contra os etíopes, cujo rei ameaçava invadir Tebas. O jovem soldado é apaixonado por Aida, escrava de Amneris, filha do faraó, a qual, por sua vez, ama Radamés. Embora ninguém na corte o saiba, Aida também é uma princesa, pois é a filha aprisionada de Amonasro rei da Etiópia. Ao perceber o amor correspondido de Radamés por Aida, Amneris se enche de ciúmes. Quando o guerreiro é designado para comandar as tropas egípcias, o coração de Aida se divide entre o amor que sente por ele e o amor por sua pátria.
Num templo de Mênfis acontece uma grande cerimônia em honra de Radamés, na qual as sacerdotisas invocam o deus Ptah ao som de harpas. O guerreiro recebe a espada sagrada que levará o terror e a morte aos inimigos.
ATO II
Quando se sabe da vitória dos egípcios sobre os etíopes, Amneris procura confirmar suas suspeitas de que Aida ama Radamés. Diz-lhe, falsamente, que ele havia morrido em combate. O desepero da escrava confirma seu amor secreto. Admitindo que mentira e que Radamés está vivo, Amneris revela o seu próprio amor pelo herói e trata a jovem escrava com crueldade e humilhação.
Quando as tropas vencedoras retornam, o povo se reúne numa vasta avenida de Tebas e irrompe num vigoroso coro em louvor da deusa Ísis, do Egito e do faraó. Radamés chega sob um docel transportado por doze oficiais e o faraó desce do trono e abraça o herói, saudando-o como o salvador do Egito. Radamés ajoelha perante Amneris, que lhe coloca na testa a coroa da vitória. O rei se propõe a satisfazer qualquer desejo de Radamés, mas ele pede, antes de tudo, que tragam os cativos. Os prisioneiros etíopes são trazidos perante o faraó e entre eles encontra-se Amonasro, pai de Aida, vestido de oficial. Aida o reconhece e o abraça e ele a adverte para que não revele sua condição de rei etíope. Apresenta-se ao faraó como pai da jovem e um dos oficiais que lutou a favor do seu rei que, diz ele, está morto. Os prisioneiros pedem misericórdia, mas os sacerdotes clamam para que sejam mortos. Radamés intercede em favor dos prisioneiros e pede ao faraó, como sua recompensa pessoal, que lhes conceda a vida e a liberdade. Ramphis, o Sumo Sacerdote, protesta sem sucesso e, então, sugere que pelo menos o pai de Aida seja mantido como refém. O faraó concorda e dá a Radamés a mão de sua filha em casamento e, com isso, a perspectiva de reinar como seu sucessor. Em meio à alegria geral, apenas as vozes de Radamés e Aida lamentam a decisão real, enquanto que Amonasro tem sua mente voltada para a vingança e a libertação do seu povo.
ATO III
Amneris deve passar a noite anterior ao dia de seu casamento orando no templo de Ísis. Chega ao local de barco acompanhada pelo Sumo Sacerdote e por algumas mulheres e guardas. De dentro do templo vem um coro suave de sacerdotes e sacerdotisas cantando louvores à deusa. Rezarei, diz Amneris, para que Radamés me dê todo o seu coração, assim como o meu lhe será fiel para sempre. Depois que a princesa e seu séquito entram no templo, Aida chega para um encontro que havia combinado com Radamés. Ela está determinada a jogar-se no Nilo se ele vier apenas para despedir-se dela para sempre. Seu pai, que aguardava uma oportunidade para falar a sós com ela, aparece e lhe diz que os etíopes estão se armando para uma nova guerra; o êxito é certo se ela conseguir descobrir o caminho que o exército egípcio tomará. Amonasro lhe promete o retorno ao seu país e ao seu trono com o amado a seu lado. Radamés comandará os egípcios novamente; o capitão ama Aida — que a filha tire daí, por si própria, as suas conclusões. A princípio a jovem rejeita a sugestão do pai. Entretanto, apelando para o patriotismo da jovem, o rei etíope a convence. Nesse momento, percebendo a aproximação de Radamés, Amonasro se esconde entre as palmeiras. O egípcio entra com um grito de arrebatamento ao rever a amada. Aida, um pouco friamente, pondera que embora ele a ame, como pode ter esperanças de escapar à rede tecida à sua volta pelo amor de Amneris, pela vontade do faraó, pela confiança do povo e pela cólera dos sacerdotes contra os etíopes? Radamés expõe-lhe o plano que concebeu. Os etíopes levantaram-se outra vez e invadiram o Egito; ele é, de novo, o comandante dos exércitos; quando retornar vitorioso, prostar-se-á perante o faraó, abrir-lhe-á o coração e lhe dirá que a única recompensa que deseja é a permissão de se reunir a Aida. A moça o adverte da fúria de Amneris que, certamente, clamará por vingança contra ela, contra seu pai e sua pátria. Quando o guerreiro afirma que a defenderá de tais perigos, Aida assegura que será em vão e lhe expõe o seu plano: fugirem juntos. A moça pinta em cores brilhantes as delícias da vida na Etiópia e Radamés, inicialmente hesitante, finalmente se deixa convencer e propõe que fujam através da garganta de Napata, a rota que será usada pelo exército egípcio e que estará deserta até o dia seguinte. Amonasro, tendo ouvido tudo, sai de seu esconderijo e revela a Radamés que é o pai de Aida e o rei dos etíopes e que seus soldados estarão esperando os egípcios na rota indicada. Horrorizado, Radamés percebe que, indadvertidamente, traiu seu país. Aida e Amonasro tentam convencê-lo a fugir, mas nesse momento Amneris, com o grito de "Traidor!", sai do templo, seguida por Ramphis, pelos sacerdotes e pelos guardas. Amonasro puxa do punhal e quer lançar-se sobre Amneris, mas Radamés o segura. Enquanto Aida e Amonasro fogem, o egípcio se deixa aprisionar.
ATO IV
Antes do julgamento de Radamés os sentimentos de Amneris oscilam entre o amor e o ciúme que sente por ele. Manda aos guardas que lhe tragam o prisioneiro e se oferece para pedir o perdão do faraó se ele renunciar ao amor de Aida. Radamés recusa a oferta pois o segredo fatal lhe escapou dos lábios por descuido e, portanto, não se sente culpado e não tentará se desculpar perante os juízes. Por outro lado, não sente mais vontade de viver, porque perdeu tudo quanto lhe fazia doce a vida e a morte lhe será benvinda, visto que morre por Aida. Desesperada, Amneris vê seu amado partir para ser julgado no salão subterrâneo do tribunal. Ela ouve, então, as acusações lidas em voz alta: revelou ao inimigo os segredos da pátria; abandonou o campo na véspera da batalha; quebrou seu juramento, foi falso à sua terra, ao seu faraó e à sua honra. Exortado a se defender, Radamés permanece mudo e é condenado. Sofrerá a morte de todos os traidores: será enterrado vivo debaixo do altar do deus do qual ele escarneceu. Amneris exclama que estão punindo um inocente e amaldiçoa os impiedosos sacerdotes que se consideram ministros das divindades e que nunca encontram sangue bastante para se saciarem. Finalmente, louca de dor, pede aos deuses que a vinguem.
Na última cena da ópera, num arranjo idealizado pelo próprio Verdi, o palco é dividido horizontalmente. A parte superior mostra o interior do templo de Vulcano — o deus Ptah dos egípcios —, banhado por uma luz dourada e resplandecente, enquanto que a parte inferior é a cripta onde Radamés aguarda a morte — espaço amplo, sombrio, cujas colunas são estátuas colossais de Osíris de mãos cruzadas. Quando o pano sobe, no templo, dois sacerdotes colocam em posição a última pedra que fecha o subterrâneo. Radamés, na cripta escura, ouve um gemido. É Aida que havia se escondido sem ser vista no subterrâneo para morrer ao lado dele. Ambos cantam um calmo e radiante adeus a este "vale de lágrimas". No templo os sacerdotes celebram solene ritual e invocam ao deus Ptah. Radamés, sem sucesso, faz um esforço desesperado para mover a pedra que fecha a abóbada. Os amantes se põem a esperar o inevitável fim. Amneris, de luto, entra no templo e lança-se sobre a pedra que fecha a cripta, soluça um adeus a Radamés e uma oração à deusa Ísis pela sua alma. Finalmente, Aida cai moribunda nos braços do amado, Amneris continua seu apelo à deusa, os sacerdotes novamente invocam ao deus Ptah e o pano desce lentamente.
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